sábado, 22 de dezembro de 2007

Governo sem CPMF. O que acontecerá?

O governo Lula sofreu uma dura derrota no Congresso. Na minha opnião, o Governo imaginou que ´´no final tudo dará certo``, devido a importância do imposto para as Finanças Públicas e possibilidade de o próximo presidente ser oriundo da coligação DEM/PSDB (Serra e Aécio Neves eram favoráveis a manutenção do imposto). Porém, a abstenção de senadores da base aliada e o empenho do senador tucano Arthur Virgílio em acabar com a CPMF, foram fundamentais para a derrota governista. O governo ganhou uma dor de cabeça para o Natal: pensar em uma solução para resolver uma perda de arrecadação de R$ 40 bilhões. Minhas avaliações e prognósticos:
Lado bom do fim da CPMF:
-Aumentará a Lucratividade das empresas, aumentando o nível de Poupança Agregada.
-Era um imposto nocivo e cumulativo, ou seja, onerava de forma significativa a produção. Até a economista do FMI, Anne Krueger, criticou o imposto.
-Pressiona o governo e o Congresso a elaborar uma Reforma Tributária.
Lado Ruim do fim da CPMF:
-Uma perca de R$ 40 bilhões para um governo que pretende obter a classificação de Investment Grade por agências de risco, possui diversas políticas sociais (não estou discutindo se são da forma ideal ou não), além de planejar investimentos (PAC), é uma tragédia.
-É bom lembrar que 40% da arrecadação da CPMF era destinada a Saúde. Portanto, a Saúde pública, que já enfrenta muitos problemas, deverá sofrer uma sensível queda de qualidade.
-O governo, de certa forma, perderá o controle contábil e fiscal das movimentações financeiras. Isto é bom para para aqueles que realizam ´´movimentações misteriosas``.
O que deveria ser feito, na minha opinião:
-Redução gradual do imposto, ou seja, as alíquotas seriam reduzidas até o fim do imposto. Com isso, o governo poderia fazer um planejamento da realocação e corte de gastos, sem comprometer a avaliação de risco do governo brasileiro e a qualidade dos serviços públicos.
O que o governo vai fazer:
-O Governo tem 2 alternativas simples: aumentar tributos ou reduzir gastos e investimentos. Com certeza, adotará as duas medidas. Com relação aos Impostos, acho que os eleitos serão IR e IOF. A mídia chegou a especular que as alíquotas de IPI seriam aumentadas, mas creio que não.
Os gastos que serão sacrificados: Saúde Pública, Concursos, Reajustes de salários do funcionalismo e Gastos Militares. Alguns investimentos do PAC serão ser cancelados. Este é o meu prognóstico.
E vocês, o que acham?

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