domingo, 6 de janeiro de 2008

Uma mala chamada Evo Morales

Recentemente, o governo boliviano declarou que não poderá honrar os contratos de fornecimento de gás para Brasil e Argentina. Segundo o jornal da Globo, as contas são as seguintes:
-Consumo Boliviano: 6 milhões de metros cúbicos por dia
-Importação Brasileira: 31 milhões de metros cúbicos por dia
-Importação Argentina: 9 milhões de metros cúbicos por dia
TOTAL: 46 milhões de metroc cúbicos é o que a Bolívia deve produzir por dia. Porém, afirmou recentemente que poderá produzir apenas 42 milhões de metros cúbicos, e, segundo as leis bolivianas, deve hver prioridade no fornecimento interno, e por isso Brasil e Argentina serão ´sacrificados`, principalmente a cidade de Cuiabá. O argumento boliviano é de que a indústria de hidrocarboretos não reage de forma imediata, enquanto a demanda brasileira sofre variações expressivas.
Deve-se ressaltar também que serão investidos cerca de US$ 1 bilhão no setor boliviano em 2008, sendo que tais recursos partirão de 12 empresas instaladas na Bolívia. Estes investimentos representarão um impacto significativo na combalida economia boliviana.
MINHAS OPNIÕES:
-Os bolivianos, em parte, não estão errados. Estão defendendo seus próprios interesses. Por outro lado, estão sendo desonestos e sujos, pois acho que estes são adjetivos para descrever um governo que não cumpre contratos. Um país, para receber investimentos (o que acontecerá com eles em 2008) deve apresentar condições e requisitos para tal. Isto significa que a credibilidade é uma condição importante, e o governo boliviano tem mostrado que a Bolívia não apresenta condições para investir, sem falar da revolta das regiões mais ricas, ameaçando, inclusive, deflagrar um conflito visando a independência de suas regiões.
-O Brasil, ao contrário do que muitos dizem, não pode ´invadir` (não somos os EUA, e não temos autoridade para ´peitar` a ONU) ou soltar os cachorros contra os bolivianos, pois, foi investido muito dinheiro na construção do gasoduto Brasil-Bolívia no governo FHC, e diversas indústrias brasileiras e regiões dependem do gás boliviano.
-O que se deve fazer: O Brasil tem que agir na mesma moeda. Como? Vou citar o exemplo do Banco do Sul. Recentemente, Brasil, Venezuela, Bolívia e Argentina assinaram um acordo para a criação do banco de investimentos. Já que a Bolívia não pretende cumprir os contratos de fornecimento de gás, o Brasil pode ameaçar ´melar` a criação do Banco. Com isso, haveria uma pressão mútua de Argentina e Venezuela para a Bolívia cumprir os contratos. Sou contra agir de forma autoritária e louca, mas acho que o Brasil deve jogar na mesma moeda. Política Internacional é assim. O problema, é que se o governo brasileiro agir de forma fraca, abrirá precedentes para ações parecidas de outros vizinhos, como o Paraguai. Os paraguaios, após a crise Morales-Lula, requisitaram a revisão de preços da energia adcional de Itaipú vendida ao Brasil. Pelo menos os paraguaios não conseguiram o que queriam. Sou da opinião que o Brasil deve estreitar relações com os vizinhos, porém, deve focar parceiros além-mar, ou seja, deve olhar o mundo, e não se prender muito aos irmãos latinos.

Um comentário:

Anônimo disse...

Saulo, gostaria de parabeniza-lo pelos artigos e dizer que estou muito de concordo com a seguinte frase: EVO MORALES É UMA MALA!! PRA NAO DIZER IDIOTA ESQUERDISTA QUE NUNCA LEU UM LIVRO NA VIDA E SE ACHA O SALVADOR DO MUNDO... É uma pena que no mundo existam tantas pessoas assim, que antes de se informarem melhor tomam decisões e opinam com base no pouquissimo conhecimento que possuem.
Valeu cara, abraço.