Inflação chinesa e petróleo

Segundo o jornal O Globo, a inflação chinesa em janeiro de 2008 chegou a 7,1% (comparado á jan/07). Este aumento já era esperado pelos analistas, sendo os Alimentos (18,2%) o principal responsável, destacando-se a carne de porco, item de forte presença na dieta dos chineses. O crescimento econômico, a forte nevasca e os preços do petróleo podem ser apontados como principais responsáveis por tal elevação. O Banco Central chinês deverá elevar os juros, visto a preocupação com uma ´futura` bolha especulativa. No ano passado já ocorreram expressivos aumentos nos juros chineses, valorizando o Yuan em 13% em relação ao Dolar desde 2005.

Nesta ´encruzilhada` podemos observar as armadilhas de um mundo globalizado, marcado por influências mútuas: a inflação chinesa é consequência de seu crescimento e dos preços do petróleo; o crescimento chinês é um dos fatores responsáveis pelo aumento do preço do Petróleo (sendo este marcado por grande especulação), sendo tal crescimento composto, em grande parte, pelas crescentes exportações para os EUA; estes, por sua vez, demonstram preocupações quanto ao nivel de preços e uma futura recessão, onde as taxas de juros serão cruciais para a determinação da economia mundial, porém, parte da inflação americana é também explicada pelo petróleo e aumento de preços dos alimentos (crescimento da renda nos países emergentes); toda esta instabilidade tem provocado quedas nas bolsas de valores em todo o mundo, reduzindo os níveis de confiança, e, por isso, acho importante uma reflexão: tudo isto parte dos preços do petróleo e da política fiscal americana, além de seus elevados níveis de consumo e reduzidas poupanças.

Por isso, faço uma reflexão ´louca`: o homem já buscou alternativas diversas para o gerenciamento de seu bem-estar social, ´sugerindo`, inclusive, o socialismo. A maioria dos modelos econômicos foram equivocados, e, o capitalismo provou ser o sistema econômico que realmente funciona, mas com grandes turbulências; por isso, sou da opinião de que o sistema financeiro e econômico mundial, face aos desafios da Globalização, deve ponderar sobre uma nova forma de capitalismo, a partir de uma gerência global da economia mundial, onde a ONU seria o gestor; estou propondo aqui a formação de um conselho internacional para gerenciar a economia mundial, pois ela está de fato interligada, e precisa de uma gerência geral. Não sei ainda como isto poderia ser feito, mas, na minha opinião, é importante pensar em novas alternativas.