sexta-feira, 15 de agosto de 2008

Petrosal x Petrobrás

Veja reportagem:
http://oglobo.globo.com/economia/mat/2008/08/15/petrobras_nao_ve_ligacao_entre_queda_nas_acoes_discussao_do_pre-sal-547767350.asp

Nos últimos dias, uma grande polêmica preocupou investidores no mercado de ações: o presidente Lula, mostrou-se favorável a criação de uma nova empresa (Petrosal) para a exploração do petróleo na camada pré-sal, na reserva de Tupi, onde o governo usaria seus lucros na realização de investimentos em Educação; Existem áreas sob concessão da Petrobrás, mas outras áreas de exploração dependem de novo marco regulatório (estas seriam exploradas pela Petrosal). A Petrobrás já perdeu mais de US$ 97 bilhões em Valor de Mercado neste ano, sendo que, grande parte de tal perca se deve a Realização de Lucros por parte de investidores estrangeiros, que investiram aqui de forma assombrosa nos últimos anos. O ministro Gabrielli afirmou que as percas recentes ocorreram devido redução do preço do petróleo, minimizando os rumores da criação da nova Estatal; Porém, acredito que a possibilidade da criação da nova empresa foi o fator de maior significância na redução dos papéis da Petrobrás nesses últimos dias, e o megainvestidor George Soros ´fez a festa`, comprando US$ 811 milhões em ações. Quanto a possibilidade da criação da Petrosal, há um fator positivo e outro negativo:
PONTO POSITIVO: O lucro da nova empresaria seria vultoso, e, caso bem aplicado na Educação, elevaria substancialmente a qualificação da mão-de-obra, podendo até mesmo significar um marco desenvolvimentista. As nações que investiram em Educação (Tigres Asiáticos) colheram ótimos frutos. E, em termos de qualidade de educação, o Brasil ainda deixa muito a desejar. Em avaliações feitas em vários países, o Brasil costuma ocupar as últimas posições. O Brasil estaria usando o ´Ouro Negro` na capacitação de seus cidadãos, um belo investimento, na minha opinião (se for bem direcionado).
PONTO NEGATIVO: A medida seria uma ´rasteira` nos investidores de Longo Prazo que compraram papéis da Patrobrás. O mercado financeiro, tem como pilar a credibilidade, e, se o governo tomar tal medida, investir no mercado brasileiro deixará de ser seguro, e as ações presentes na BOVESPA poderão sentir isso, principalmente quanto a investidores estrangeiros. O Governo, quando age de forma discricionária, perde muito em credibilidade, ou seja, a criação da Petrosal significa um risco considerável para o mercado de ações brasileiro.

Diante disso, pergunto: será que não seria melhor conceder à Petrobrás ra exploração das novas reservas e destinar parte de seus lucros para a Educação? Para refletir...

3 comentários:

Anônimo disse...

Sem adentrar em méritos políticos, achei interessante a opinião de José Dirceu "O que interessa é a nova regulação e a nova partilha da renda desse petróleo.Como tem afirmado o presidente da República, é um petróleo que precisa ser explorado dentro de uma estratégia de desenvolvimento. Portanto, precisa virar derivados com valor agregado para não exportamos óleo simplesmente. Precisa ser explorado de forma comedida para mantermos nossas reservas.

Mais importante, a renda dessa nova riqueza tem que ser revertida para a nação, para o povo brasileiro em investimentos na Educação, inovação científica e tecnológica, e em programas de desenvolvimento urbano, saneamento, habitação e transportes. Parte, também, em programas de cultura, lazer, esportes para a nossa juventude.

Por isso, entendo que é secundário se será a Petrobras ou uma nova empresa a administrar as novas reservas. O que conta é quanto da renda ficará com o país, a nação e o Estado brasileiro, e como ela será revertida em seu benefício e não apenas em lucros para as empresas, o que, aliás, não tem nada a ver com quem a administrará, se a Petrobras ou uma nova estatal."

Anônimo disse...

citação: MrHHDORNELLES: Idéia "é um assalto aos acionistas"

A proposta do governo de criar uma nova empresa estatal para gerir os contratos de exploração de petróleo na camada do pré-sal não será fácil de ser aprovada pelo Congresso. O senador Francisco Dornelles (PP-RJ), que é da base política do governo, disse que a criação da estatal "é um assalto aos acionistas minoritários da Petrobras e aos estados e municípios".

Para Dornelles, os acionistas investiram na Petrobrás quando a exploração de petróleo no Brasil era uma atividade de alto risco e, desta forma, ajudaram a empresa a desenvolver a tecnologia adequada para exploração em águas ultraprofundas. "Agora que a Petrobras vai colher os resultados dos seus esforços, o governo propõe a criação de uma outra empresa que ficará com tudo", afirmou.

"No fundo, querem é impedir que os minoritários participem das descobertas".

Os estados e municípios também serão prejudicados, segundo Dornelles, porque
todas as reservas de petróleo que serão encontradas no pré-sal serão de propriedade da nova empresa."Como o petróleo será da nova empresa, a União é que ficará com os royalties e participações especiais", disse.

Dornelles - que já foi ministro da Fazenda no governo Sarney, e da Indústrica e do Comércio e do Trabalho, no governo Fernando Henrique Cardoso - não vê razão técnica para a criação da nova estatal. "Se o governo quer mais receita por conta das novas reservas de petróleo, basta que aumente o percentual de royalties e participações especiais a serem pagos pelas empresas petrolíferas concessionárias", afirmou. "Tudo isso pode ser feito por decreto, não precisa mudar a lei do petróleo e nem criar uma nova estatal".

O senador carioca disse que só encontra razões "de natureza ideológica" para explicar a criação da nova estatal."Se o governo quer aplicar mais recursos em educação, não precisa criar uma nova estatal e nem um novo fundo, basta que destine os recursos dos royalties e das participações especiais para a educação", argumentou."Eles estão usando a educação como uma cenoura para esconder a ideologia que está por trás da proposta de criar uma nova estatal."

(Fonte: Jornal do Commercio/RJ)
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Anônimo disse...

citação: MrHHDORNELLES: Idéia "é um assalto aos acionistas"

A proposta do governo de criar uma nova empresa estatal para gerir os contratos de exploração de petróleo na camada do pré-sal não será fácil de ser aprovada pelo Congresso. O senador Francisco Dornelles (PP-RJ), que é da base política do governo, disse que a criação da estatal "é um assalto aos acionistas minoritários da Petrobras e aos estados e municípios".

Para Dornelles, os acionistas investiram na Petrobrás quando a exploração de petróleo no Brasil era uma atividade de alto risco e, desta forma, ajudaram a empresa a desenvolver a tecnologia adequada para exploração em águas ultraprofundas. "Agora que a Petrobras vai colher os resultados dos seus esforços, o governo propõe a criação de uma outra empresa que ficará com tudo", afirmou.

"No fundo, querem é impedir que os minoritários participem das descobertas".

Os estados e municípios também serão prejudicados, segundo Dornelles, porque
todas as reservas de petróleo que serão encontradas no pré-sal serão de propriedade da nova empresa."Como o petróleo será da nova empresa, a União é que ficará com os royalties e participações especiais", disse.

Dornelles - que já foi ministro da Fazenda no governo Sarney, e da Indústrica e do Comércio e do Trabalho, no governo Fernando Henrique Cardoso - não vê razão técnica para a criação da nova estatal. "Se o governo quer mais receita por conta das novas reservas de petróleo, basta que aumente o percentual de royalties e participações especiais a serem pagos pelas empresas petrolíferas concessionárias", afirmou. "Tudo isso pode ser feito por decreto, não precisa mudar a lei do petróleo e nem criar uma nova estatal".

O senador carioca disse que só encontra razões "de natureza ideológica" para explicar a criação da nova estatal."Se o governo quer aplicar mais recursos em educação, não precisa criar uma nova estatal e nem um novo fundo, basta que destine os recursos dos royalties e das participações especiais para a educação", argumentou."Eles estão usando a educação como uma cenoura para esconder a ideologia que está por trás da proposta de criar uma nova estatal."

(Fonte: Jornal do Commercio/RJ)
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